quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Tecnologia, Vício e Distúrbio

Uma matéria veiculada em um site de significativa notoriedade, me chamou muito a atenção.
Segundo especialistas a tecnologia tem o poder de viciar tanto quanto o álcool e as drogas em geral, inclusive podendo levar o indíviduo ao rompimento de relações tanto no âmbito pessoal como profissional.

Acredito que esta correria diária que vivemos, atrelada às facilidades que a tecnologia nos oferece, corrobora e muito para causar esta dependência. A questão é saber até onde a tecnologia é benéfica, ou seja , conseguir manter o limite desta linha tênue que separa o real do imaginário.

[http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL271479-6174,00-VICIO+EM+TECNOLOGIA+PODE+DESTRUIR+RELACOES+DIZ+ESPECIALISTA.html]

Sexo, Polêmica e Banalização

''As prefeituras do Recife e de Paulista (PE) vão distribuir, durante o carnaval, pílulas do dia seguinte, usadas para impedir a gravidez após a relação sexual. A Igreja não gostou da iniciativa e afirma que irá entrar até na Justiça se autoridades não voltarem atrás.

Veja o site do Jornal Hoje

As mulheres que fizerem sexo sem proteção vão ter direito a um kit de emergência. Cada estojo contém dois contraceptivos conhecidos como pílulas do dia seguinte, uma camisinha masculina e uma feminina.

As prefeituras argumentam que as pílulas do dia seguinte podem prevenir a gravidez indesejada. A Igreja não gostou da idéia e resolveu tentar impedir a distribuição das pílulas do dia seguinte no carnaval. Para a Arquidiocese de Olinda e Recife, os comprimidos estimulam a prática do sexo e até mesmo do aborto.

[http://g1.globo.com/Carnaval2008/0,,MUL271137-9772,00-DISTRIBUICAO+DE+PILULA+DO+DIA+SEGUINTE+NO+CARNAVAL+GERA+POLEMICA.html]


Inúmeras são as opiniões que circundam este tema polêmico e por muitos banalizado. Há que se fazer uma pausa a respeito do assunto, afinal quando se fala em sexo, camisinha, pílula do dia seguinte, aborto e outros, ninguém avalia a situação da mulher em torno de tudo isso, porque são elas os maiores alvos de toda essa polêmica.

A questão não pode ficar restrita somente ao fator gravidez, como vem sendo pontuado nesta matéria, há inúmeros outros fatores que também precisam ser destacados por conta do uso inadivertido de métodos contraceptivos.

Mas a questão principal neste caso está condicionada ao comportamento de todos os envolvidos nesta polêmica, seria o caso de adotarmos uma postura diferenciado em relação a tudo isso. Em um primeiro momento deve haver uma conscientização por partes de todos, no sentido de implantar uma metodologia diferenciada para levar até as pessoas informações preciosas no que tange o tema supracitado, de modo que todos possam vislumbrar com maior nitidez as necessidades de se adequar a métodos contraceptivos que visam não só prevenir a gravidez precoce, mas também evitar o contágio por doenças venéreas.

É fato sábido e notório que a Igreja tem uma opinião de peso nesta questão, mas sem querer afrontar nenhuma delas, acho que é chegado o momento de fazer valer nossos direitos personalíssimos, chega deste falso moralismo infundado, cada um tem direito sobre si, e elencar tal fator como mecanismo que propaga a pratica de sexo ou de aborto é totalmente antagônico, cada um faz sexo se quiser, o que precisa ser feito é trabalhar com clareza os riscos do sexo sem a devida segurança ao invés de ficar rotulando a atitude alheia.

Sem contar que os métodos contraceptivos nos levam a um outro fator muito importante, num país de miséria exacerbada, de falta de segurança pública, de saúde e educação vergonhosa, temos mais é que evitar o nascimento desmedido de crianças, haja vista que a expectativa de uma vida digna pra quem está chegando é quase impossível de se prever, se esse critério em algum momento servisse de base para campanhas desta natureza, crianças não morreriam de fome, não estariam nos faróis buscando sua própria sobrevivência, não teria nas drogas o refúgio para seus alentos, elas estariam nas escolas agregando conhecimentos e investindo em seu próprio crescimento.
Se para nós que já estamos acostumados a todo essa vergonha o caminho já é árduo, imagina para os indefesos que vão chegar.

Chega de blá, blá, é hora de ver o mundo do jeito que ele é, chega de fantasiar situações, agora só falta agregar a este kit um nariz de palhaço, aí fica perfeito.

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