
Sexta-Feira, 29 de fevereiro de 2008, depois de um dia árduo de trabalho, coletivo cheio, trânsito complicado, chego em casa e logo acesso a internet para saber de tudo o que rola no Brasil e no Mundo. Atenta a tudo o que acontece, uma notícia veiculada na Globo.com me chama atenção e me enche de profunda indignção.
A foto junto a notícia mostra o momento em que Policiais Militares socorrem uma Mãe que não resiste a desgraça que se abate sobre sua família, o assassinato brutal de seu filho de 10 anos. Fato que me lembrou muito o caso João Hélio, um garotinho que fora arrastado por quilômetros nas ruas do Rio de Janeiro até ter sua vida ceifada por mostros que andam à solta nas grandes capitais, coincidências à parte, ficará em nossa memória esse dia fatídico, que é sem dúvida um ícone da violência urbana personificada na figura fragilizada do Estado.
As características de ambos os crimes para alguns pode parecer distinta, entretanto há algo entre eles que caracteriza o fim da humanidade, a crueldade com a qual fora praticado tal ato me remete a uma triste realidade, talvez é chegada a hora do fim, simbolizada pela desordenada Política Social e vitimada pelos trágicos acidentes, temos o retrato de uma população silenciada pela insegurança e medo profundo do desconhecido, pelo choro contido de uma mãe que perde seu bem maior.
Os requintes de crueldade empregado contra inocentes em um assassinato brutal e insano, nos faz perder qualquer esperança de encontrar o caminho que nos levará de volta a dignidade da vida humana. Somos todos descartáveis nesse mundo sem lei.
Todos os dias assistimos estarrecidos aos noticiários de TV anunciando a morte, a crueldade, o descaso com uma sociedade que foi entregue ao nada, jogada a própria sorte, qual será o fim dessa sociedade, a humanidade está definhando, famílias estão sendo dizimadas a todo instante e o fim é certo para nós.
É difícil discorrer sobre esse assunto, os sentimentos de repulsa, indignação, revolta, medo e tantos outros se perdem dentro de nós, fica um vázio tão grande que vivemos a sensação de estarmos perdendo parte de nós pouco a pouco, e se olharmos para trás é como se nossas vidas se resumissem ao pó.
Confira a matéria
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL332442-5605,00-MULHER+DESMAIA+AO+SABER+QUE+FILHO+DE+ANOS+FOI+ASSASSINADO.html







